Com a vitória sobre o América-MG, o Vasco, enfim, deixou a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro após 17 rodadas (128 dias). A equipe carioca entrou no Z4 na sétima rodada, quando foi derrotada pelo São Paulo, no Morumbi. Nos últimos dois meses, o elenco ganhou reforços certeiros que elevaram o patamar do time, que enfileirou vitórias sob o comando do técnico Ramón Díaz. Com o acréscimo de 2023, afinal, quantas vezes o Cruz-Maltino esteve entre os quatro últimos?
De acordo com dados do portal ‘O Gol’, de 2003 para cá, o Gigante da Colina frequentou a zona de rebaixamento em 107 rodadas. Por outro lado, permaneceu cinco vezes fora do Z4 em uma campanha inteira (2003, 2006, 2007, 2011 e 2012). Em uma delas, o Vasco teve o seu melhor desempenho na história dos pontos corridos, em 2011, quando disputou o título com o Corinthians e ficou com o vice.
Curiosamente, na atual campanha, o Vasco ficou mais tempo no Z4 do que em três dos quatro rebaixamentos de sua história (2008, 2013 e 2020). Apenas em 2015 que destoou, quando ficou praticamente o campeonato inteiro fadado à queda, com um total de 35 rodadas entre os quatro últimos. Nos outros três anos, mesmo com números irregulares, só mesmo partir da segunda metade da competição que o time entrou de vez na lista dos possíveis rebaixados.
Reação cruz-maltina
Mesmo com a venda da SAF para a 777 Partners, o Vasco patinou no primeiro turno do Brasileirão e não conseguiu encontrar o bom futebol. O início foi até promissor com a vitória sobre o Atlético-MG, em pleno Mineirão, mas logo houve o choque de realidade com o time despencando na tabela. A necessidade de reforços era visível e, para isso, a empresa norte-americana se lançou ao mercado e trouxe nomes certeiros para qualificar o elenco.
Dentre eles, está Pablo Vegetti, que caiu como uma luva no sistema ofensivo de Ramón Díaz. Exímio cabeceador, o argentino já estufou a rede seis vezes, deu duas assistências e conquistou a torcida. No meio de campo, setor que era o mais carente desde então, três nomes trouxeram o ganho técnico necessário para a equipe construir jogadas e ser perigosa. Praxedes e Paulinho tomaram conta de suas posições e lideram estatísticas, enquanto Payet ainda tenta se encaixar, mas esbanja qualidade desde os tempos de Olympique de Marseille.
Com quatorze rodadas pela frente, o Gigante da Colina reagiu no momento certo e, agora, terá tranquilidade para tentar afastar de vez o risco de queda. Segundo os números da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a equipe carioca tem 23,3% de chance de cair para a segunda divisão. Agora, com 26 pontos, os comandados de Ramón Díaz estão empatados com o Goiás, porém ocupam a 15ª colocação por terem uma vitória a mais.
Fonte: Terra