Renato Aragão quebrou o silêncio sobre as polêmicas relacionadas ao nome dele que surgiram nos últimos anos: desde a fama de ser arrogante com funcionários até alegações recentes de que o comediante teria uma relação conturbada com uma das filhas, Juliana Aragão, fruto do primeiro casamento do humorista.

Críticas a Didi
As novas críticas começaram após o jornalista Rafael Spaca, que dirigiu um documentário sobre Os Trapalhões, dizer que o eterno Didi Mocó renega Juliana.
“Ela trabalha de Uber. Se você buscar na internet, ela fez vaquinha para pagar algumas coisas da conta dela. Trabalha de Uber, tomou calote da Lilian e do Renato. Ela é um corpo estranho na casa. Por ela namorar uma mulher, tem uma espécie de preconceito em relação a isso, de falas e piadinhas”, disse o documentarista ao podcast Salada Cast.
Quem é Juliana?
Juliana trabalha como motorista de aplicativo e já abriu duas vaquinhas online, uma para comprar medicamentos e outra para pagar pelo conserto do carro com o qual trabalha.

A motorista foi adotada por Renato e pela primeira esposa dele, Martha Rangel, com quem teve outros três filhos, Paulo Aragão, Ricardo Aragão e Renato Aragão Júnior. Ele também é pai de Lívian Aragão, do atual casamento com Lílian Aragão.

Renato se pronuncia
Após as polêmicas, Renato se pronunciou e negou tratar os filhos de maneira diferente. “A Juliana é minha filha tanto quanto o Paulinho, o Ricardo, o Renato Jr. e a Livian. Nunca fiz diferença nem pela escolha sexual dela nem por ser adotiva. Filho é filho. E sobre dinheiro, nunca tivemos problema nenhum quanto a isso. Toda vez que ela precisou, ela teve. Meus filhos são autônomos, trabalham como diretores e músicos, e estamos sempre juntos, mesmo eles tendo suas próprias vidas e famílias. Não escondo ninguém, minha família sempre foi pública, tá até no Google, mas eles são discretos e têm vida própria e particular”, disse em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.

O intérprete de Didi disse que Juliana não mora mais com ele, mas a filha dela ainda mora. “Está com 17 anos, está indo fazer faculdade e tem uma relação incrível comigo”, afirmou.

O comediante comentou as vaquinhas abertas pela filha. “Nunca ouvimos falar disso. Se fez, foi por alguma razão pessoal dela. Recebemos a informação junto de todos vocês e ficamos tão surpresos quanto todo mundo”, declarou.
Ele ainda explicou por que a filha começou a trabalhar como motorista. “Ela adora dirigir e gosta de cães. Acabou indo trabalhar como Uber de pets e depois como Uber. Foi uma escolha dela e digna, como qualquer outro trabalho. Na vida temos que trabalhar com o que amamos. Eu não achei nada de mais”, justificou.
Esposa defende Renato Aragão
Lílian Aragão, madrasta de Juliana e que também foi acusada de tratar mal a enteada, compartilhou uma foto do marido com quatro dos filhos e defendeu a família. “Renato sempre foi coração, trabalho e amor. Quem o conhece sabe. Hoje, mais do que nunca, estamos juntos. Pela verdade. Pela nossa família. E por tudo que construímos com amor ao longo de uma vida inteira”, escreveu ela na publicação.

“Seu Renato” ou Didi?

Uma das primeiras controvérsias relacionadas ao comportamento do humorista foi que ele teria se irritado quando era chamado de Didi pelos funcionários e exigiu que fosse chamado de “Seu Renato”.

“Nos filmes, meu papel era também de líder, não só de colega ator. O que muita gente não sabe: a RA sempre foi uma produtora que mobilizou dezenas de empregos (cerca de 100 por filme) na produção de dois longas ao ano. Isso exigia um esquema de trabalho de entrega e dedicação, meu e dos funcionários”, respondeu Renato, também em entrevista à Folha de S. Paulo, sem mencionar diretamente os rumores.

“Não é da minha natureza ser uma pessoa rude ou áspera. Diferente do Didi, o Renato é um capricorniano que ama trabalhar. Minha paixão pelo trabalho foi o que fez a minha carreira ter tanto sucesso, porque eu me dediquei muito. Eu sempre tentei dar ouvido a todos, mas tinha que manter voz de comando porque era muita gente, em produções imensas. Eu era responsável pelos empregos de todas aquelas pessoas, pelo sustento da família de todo mundo. Olha o tamanho da responsabilidade. Não era só o Didi fazendo piada”, completou o ator.
Relação com Os Trapalhões
Renato também explicou o motivo dele ter ganhos maiores do que Dedé, Mussum e Zacarias na época de Os Trapalhões. “Eles eram atores junto comigo, mas eu atuava, escrevia e produzia também. Eu propunha as histórias, escrevia e participava criativamente dos roteiros, também financiava os filmes. Por isso, óbvio, minha participação financeira era diferente também. Mas essa lenda de que nos dávamos mal é só uma lenda”, justificou.

O eterno Didi ainda garantiu ter uma boa relação com Dedé, o outro ex-Trapalhão que ainda está vivo. “Tentam pegar dois idosos que são amigos, irmãos, que se amam, como eu e Dedé, e colocar um contra o outro, em busca de clique. E tentam desenterrar desentendimentos de trabalho de 40, 50 anos atrás, como se tudo não fosse normal, coisa de dia a dia profissional mesmo. A gente trabalhava junto, brincava junto, era amigo, fazia piada, fazia tudo junto, e provavelmente se chateava um com o outro, como acontece com todo irmão e com todo amigo”, relembrou.

Ação orquestrada
Por fim, Renato Aragão declarou que há uma ação orquestrada contra ele. “Há uma campanha de difamação orquestrada, sim. Há uma série de ações sendo executadas com objetivos específicos. Há tempos há quem tente transformar grandes amigos em antagonistas meus. Eu e meus companheiros de trabalho fizemos tanta coisa juntos, foram tantos anos de trabalho que tirar algumas rusgas de contexto e transformar em inimizade não só é pecado, é um método para arrecadar dinheiro com clique”, concluiu.

Fonte: Redação Terra