//Desmatamento ilegal no cerrado do Piauí reduz 59% no primeiro semestre de 2023

Desmatamento ilegal no cerrado do Piauí reduz 59% no primeiro semestre de 2023

O Piauí reduziu em 59% o desmatamento ilegal no cerrado no primeiro semestre de 2023, em comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), cerca de 30 mil hectares foram desmatados em 2023, até agora, contra mais de 70 mil hectares queimados nos primeiros seis meses de 2022. No Piauí, o bioma ocupa uma área de aproximadamente 132,8 mil km², cerca de 53% do território do estado.

Os dados foram apresentados, nesta quarta-feira (13), durante o Seminário Cerrado Vivo, realizado pela Semah para apresentar os resultados das operações de combate ao desmatamento do bioma cerrado no estado. O secretário do Meio Ambiente, Daniel Oliveira, e o auditor ambiental Felipe Gomes, explicaram os principais pontos do relatório sobre o assunto, no Centro de Educação Ambiental, zona leste de Teresina.

Daniel Oliveira atribuiu a redução do desmatamento a três ações da secretaria: aumento da fiscalização do órgão, integração com a Polícia Civil, Militar e órgãos ambientais federais e monitoramento das áreas queimadas por meio de satélite. “Somente em multas, este ano, aplicamos R$ 52 milhões em produtores que praticaram o desmatamento ilegal”, disse o secretário.

O número de áreas embargadas, por detecção de supressão de vegetação nativa (desmatamento) chegou a 46 mil hectares no primeiro semestre de 2023, um crescimento de mais de 1.500% em relação ao total embargada no mesmo período de 2022, que foi de 2.900 hectares.

Como relação ao rigor da fiscalização, Daniel Oliveira destacou que a polícia do Piauí realizou prisões relacionadas a incêndios florestais ligadas à ilegalidade, o que contribuiu para inibir os infratores.

Com relação ao monitoramento por satélite, Daniel destacou que ele funciona 24 horas e logo que é flagrado um desmatamento, a Semarh verifica se está dentro da lei ou não. Caso esteja irregular, o órgão embarga a propriedade de forma remota, inclusive suspendendo o crédito que o estabelecimento rural tem com qualquer instituição bancária. “Por meio de um convênio entre o Ministério do Meio Ambiente e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), solicitamos a suspensão de crédito a estabelecimentos que praticam o desmatamento ilegal”, frisou Oliveira.